sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Capítulo 1- Kilath

Canção do Crepúsculo (Resumo): Este conto se trata da história da guerra dos mil anos, entre humanos, vampiros e Lycans (Lobisomens). Acompanharemos a história através das lembranças de Zecrag, um vampiro milenar, que durante a guerra vai desde um simples cadete até... Bom, isto ele mesmo terá que nos contar.

A cronologia da história passará desde o ano 1.000 d.c (a era das trevas) até o ano 2.000 d.c, e seu cenário é a Europa.

p.s: Antes que alguém me acuse de plágio, eu comecei a escrever a Canção do Crepúsculo em 2008, antes de tomar conhecimento do livro Crepúsculo, e antes da popularização do mesmo.

Agora chega de papo e vamos ao capítulo ^^

Cap.1-Kilath

Abro os olhos lentamente e, na penumbra criada pela luz das velas ao redor, percebo que estou num grande aposento com paredes de pedra. Existem pessoas sentadas em fileiras de cadeiras ao redor das paredes. A maioria anormalmente pálida.
Não é difícil identificar quem sou. Estou exatamente no centro da sala, em pé, preso por correntes de prata. Balanço a cabeça tentando clarear a mente, mas não consigo raciocinar direito, como se estivesse drogado.
Um homem se aproxima de mim, e é um dos raros vampiros de pele escura. Ele desenrola uma folha de pergaminho, e começa a ler em voz alta:
“Zecrag, você está sendo julgado por genocídio de vampiros, por quebrar a lei do sigilo, e passar aos humanos informações sobre nós. Além disso...”
Paro de dar atenção ao homem, e começo a me lembrar dos acontecimentos deste último milênio, como as coisas chegaram até aqui.
Quem sou eu? Bom, meu nome é Zecrag. Mas quem sou eu realmente é uma história muito mais complicada. Eu sou um monstro que vagueia pela noite e se alimenta das almas dos mortais. Pelo menos é como os mortais me descrevem. Eu me julgo simplesmente como um ser humano qualquer, mas superior aos demais. Sim, eu sou um vampiro, e sim, eu sou poderoso. Para falar a verdade, sou um dos mais poderosos da minha raça. Como me tornei um vampiro? Isso é uma história da qual já nem me lembro mais... A história da minha vida não é tão importante. Mais importante é a história da guerra dos mil anos, como os vampiros e lobisomens se tornaram o que são e como os humanos tomaram seu lugar na guerra.
Desde que me lembro, minha participação na guerra começou exatamente há mil anos, com minha primeira família, o clã Kilath. Éramos todos jovens, e todos arrogantes. Ah!!! Achávamos-nos os donos do mundo e nada podia nos deter... Até aquele dia...
O que será que Durgaz quer dessa vez? Será que ele finalmente encontrou o esconderijo de um daqueles malditos Lycans? Desta vez nós os mataremos.
Enquanto penso nisto, vou andando por um pequeno e escuro corredor iluminado apenas por archotes. Finalmente chego ao meu destino, diante de mim está um portal de madeira. Ao ultrapassá-lo, estou numa sala redonda, com uma mesa cheia de mapas no centro e algumas pessoas sentadas em volta dela. Ocupo meu lugar à mesa e olho em volta: na sala está Durgaz, o líder de nosso clã, e todos os outros membros.
“Senhores, peço a sua atenção”, diz Durgaz. “Alguns de nossos exploradores conseguiram descobrir o esconderijo daqueles malditos lobisomens que tem competido conosco pelos humanos da região. Agora que temos essa informação sua rebeldia irá finalmente acabar. Nós iremos atacá-los depois de amanhã, quando acaba o período de lua cheia. Com o fator surpresa e sem sua transformação, eles não serão páreos para nós. Zecrag e os outros líderes de esquadrão deverão preparar seus esquadrões e lhes passar instruções mais detalhadas. Só lhes peço para tomarem cuidado, pois os lycans escolheram uma cidade humana como base e não queremos revelar aos humanos nossa existência. Certo?”
Depois desta discussão os membros se dispersam, e eu vou para meu caixão pois já está amanhecer.
Quando já está anoitecendo novamente, meu corpo, entorpecido pelo dia, começa a interpretar os barulhos vindos do lado de fora. Eu ouço gritos e batidas. De repente, a tampa do meu caixão é arrancada! Eu vejo o focinho peludo de um Lobisomem, ele tenta me morder, mas enfio uma adaga de prata no pescoço dele. Jogo seu corpo para o lado, pego minha espada e quando me levanto finalmente posso ver o que está acontecendo. Vários lycans invadiram nosso esconderijo, e estão matando todos os vampiros! Mas não tenho muito tempo para pensar, pois mais dois lycans já estão vindo me atacar. O primeiro tenta furar meu peito com suas garras, mas consigo me desviar e corto-lhe a cabeça. Não tenho tanta sorte com o segundo, que me rasga as costas. Caio no chão atordoado, e quando penso que vou morrer, uma espada atravessa o peito do lycan. Um vampiro que vi na reunião estava ali.
“Rápido, se levante, temos que salvar os outros!”, Diz ele. “Não, agora já é tarde demais. O melhor que podemos fazer é sobreviver para nos vingarmos depois, vamos sair daqui! “
Corremos para um corredor, mas só chegamos a tempo de ver outro de nossos irmãos caindo pela garra de alguns lobisomens, e mais alguns vampiros chegando para lutar contra eles. “E agora Zecrag? Estamos cercados!”
“Cale-se, eles ainda não nos viram, há uma passagem por aqui.” Empurro uma parede, que se abre revelando uma passagem. “Venha por aqui sem fazer barulho, ou estaremos mortos!” Alguns segundos depois de nós termos entrado no túnel, a parede se fecha, novamente ocultando a passagem.



2 comentários:

Venâncio Sá disse...

Muito legal !
vou te segir!

Bardo disse...

u-u obrigado pelo elogio ^^