sábado, 17 de outubro de 2009
Canção do Crepúsculo Cap.6 - O despertar
Zecrag estava sentado em uma sala de reunião no novo castelo da Nomolus Druana, antigo lar dos vampiros do clã Kilath. A sala era iluminada por archotes, e havia alguns pergaminhos na mesa central, muitos deles aparentando serem mapas. De repente, um novo vampiro irrompe pela sala.
- Com licença senhor, mas um dos vampiros que seguiram com Hoolferman retornou, ele apareceu na nossa antiga mansão, estava muito machucado e ensangüentado. Ele estava em choque, e a última coisa que disse antes de desmaiar foi que tinha uma informação importante a lhe passar.
- Irei vê-lo imediatamente, onde ele está?
- Nós o deixamos deitado numa sala na ala norte. Venha comigo senhor, irei levá-lo até lá.
Ambos chegam a sala e Zecrag vê sobre uma cama o corpo danificado de Mib. Perto de uma parede se encontra Vondhor, um habilidoso taumaturgo.
-Diga-me Vondhor, por quê as feridas dele não estão se curando? Algo o está afetando?
-São feridas malditas senhor. Provocadas por lobisomens. O que não consigo entender é como estas feridas foram causadas, se nós não estamos nem perto do período de lua cheia.
-E qual é o seu estado atualmente?
-Eu o estou mantendo estável usando o sangue de meu servo humano. De tempos em tempos faço com que uma pequena quantidade de sangue seja transferida. Posso mantê-lo consciente durante um tempo, mas isto exigiria a vida de um mortal.
-Então o faça de uma vez. Não há sentido em manter este vampiro em hibernação por mais tempo, apenas transfira todo o sangue do seu servo para ele para que possamos obter a informação.
-Impossível senhor. Necessito de um humano sadio para tal, e meu servo está fraco graças a quantidade de sangue que já retirei dele.
-Eu posso chamar o meu servo, senhor. – Diz o vampiro-guia.
-Faça isto imediatamente.
Feito o ritual, Mib recupera a consciência.
-Vampiro, diga-me teu nome. E o que aconteceu com a expedição, onde está Hoolferman? Vocês conseguiram matar o Lorde vampiro?
-Meu nome é Mib, senhor. Uma coisa horrível aconteceu. Não sei qual é o paradeiro de Hoolferman ou do resto da expedição. Nós seguimos o rastro do Lorde vampiro, e com isto conseguimos localizar o refúgio do Clã de Isabor. Mas antes que pudéssemos nos aproximar, fomos emboscados pelo Lorde e um grupo de Lycans. O Lorde nos contou que eles ajudaram os lycans a obterem poder para se transformar em qualquer noite, independente da lua. Ele secretamente assumiu o controle do clã. E, além disso, ele nos revelou que alguns dos antigos estão do lado dos Lycans.
-Então a situação ficou pior do que pensávamos. –Diz Zecrag - Devemos investigar mais sobre isto. Mas antes, nossa vingança. Eles não escaparão impunes do que fizeram. Mib, se você tiver forças, saia e se alimente. Creio ser a única forma para que você se recupere. Estou certo, Vondhor?
-Está correto. Mas apresse-se. O encantamento que lancei sobre você não durará muito.
Dito isto, Zecrag saiu da sala. Um olhar enraivecido podia ser visto em seus olhos.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Curiosidades cap.2 de nightsong
Creio que cabe uma pequena explicação quanto a ultima história de nightsong. Como o Angel estava vivo para fazer a segunda história, se ele morreu no primeiro capítulo? A razão disto é que Angel Nightsong NÃO É um único personagem. Existem algumas histórias de guerra que acho muito interessantes, então escrevi as minhas próprias, centradas nas ações de médicos do exército. Logo, o Angel não é uma pessoa, mas sim um pseudônimo que uso em todos os personagens com características semelhantes. Ou seja, nestas duas histórias, participaram dois personagens diferentes, apenas representados por um único nome.
P.s: Não me pergunte o motivo do Angel morrer em toda história. Deve ser o Karma. A propósito, estou devendo... Então junto com a postagem, vai uma nova ilustração de um personagem da Canção do Crepúsculo, como sempre, de autoria do Arnold Oliveira:
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Nightsong, cap.2 - A Captura
Angel, médico do exército da ELN, se aproxima do resto do seu batalhão. A visita a sala de instruções parecia ter sido a horas. Contrastando com o ambiente calmo e relaxante da sala, ali no deserto parecia horrivelmente desconfortável. O sol escaldante torrava-lhe as costas incessantemente, e aquela maldita areia não parava de entrar em seus olhos. Recordando-se, ele não conseguia decidir se esta missão era um alívio ou uma sentença de morte. Se por um lado, ele poderia escapar da carnificina que seria a tomada da primeira base da MEC, onde todas as forças de ambos os exércitos estaria reunida, por outro, ele e mais 5 companheiros, isto é, se chegassem todos ao objetivo, estariam isolados no meio do território inimigo, logo após terem tomado a base mais distante do seu próprio exército na cidade de Karkand.
Para chegarem até lá, os seis homens se dividiriam em 3 equipes. 3 deles iriam no primeiro jipe, 2 no segundo, e cobrindo sua retaguarda, estaria um tanque. Tentariam fazer com que todos seguissem emparelhados, mas ao chegarem perto da cidade, os jipes deveriam acelerar o máximo possível, pois sua blindagem não resistiria a um míssil, ao contrário do tanque.
Angel iria como atirador no segundo jipe, que seria pilotado por Project Sniper que, como já dizia seu nome, era um atirador de elite. O motivo pelo qual ele iria pilotar, pensava Angel, e não iria ficar na metralhadora sobre o jipe, era que a vida de um sniper valia mais na opinião do exército do que a de um médico. Médicos não eram famosos por matar inimigos. Ou isso, ou talvez fosse porque a patente dele era mais alta. Qualquer que fosse o motivo, era Angel que estava lá em cima, e era ele que iria ter que agüentar o choque das primeiras balas. Isso se o jipe não explodisse e matasse os dois.
Chegou a hora, e o comboio partiu. Após 10 minutos rodando, chegaram ao último posto avançado antes de Karkand. Lá encontraram apenas rostos tensos e soldados feridos. A batalha já havia começado há algum tempo. Felizmente não ficaram muito por ali, pois a espera os estava deixando nervosos.
Aceleraram novamente, e antes de chegarem a cidade já podiam ouvir os tiros. Isso, e os gritos. O motorista do jipe da frente deu o sinal para começarem a carga e assim a corrida mortal começou. Entraram a toda pela rua principal da cidade, os soldados da ELN, cientes do que ira acontecer, estavam evitando ocupar a estrada. Muitos soldados MEC, pegos de surpresa, eram atropelados. Os que tinham a sorte de escapar não eram poupados pelos impiedosos atiradores dos jipes.
Apesar da alta velocidade, para Angel parecia que tudo estava em câmera lenta. Ele podia sentir a pressão de seu dedo no gatilho, o recuo da arma a cada bala disparada, via as cápsulas vazias voando no ar, e via rostos. Os rostos de seus inimigos. Primeiro a surpresa, então a raiva ao serem fustigados pelas balas, e finalmente, nada. Mas ainda assim ele sabia, sentia que cada um daqueles pares de olhos estava amaldiçoando-o. Espantou estes pensamentos sinistros para concentrar-se em sua tarefa atual. Se deixasse que qualquer um daqueles homens vivesse, este poderia ser o seu algoz. Ele odiava matar. Era um médico, e sua natureza lhe dizia que devia estar salvando vidas. Mas a natureza da guerra não lhe permitia ser piedoso. E para cada um que ele matava, um dos seus poderia estar sendo poupado. E isto não era uma outra forma de salvar a vida de seus companheiros?
Esta sinistra linha de raciocínio foi abandonada quando o carro a frente dele sumiu em uma bola de fogo e fumaça. Os inimigos também tinham seus veículos afinal, e um blindado estava bem a sua frente. O carro deu uma guinada para a direita, enquanto Project desviava das ferragens em chamas. Ao fazer isto, Angel viu que seu tanque aliado já estava contra-atacando, a distração perfeita para que eles avançassem. Project se desviou de um poste, fez outra curva fechada, e eles estavam livres, haviam ultrapassado o tanque inimigo, e este estava muito ocupado para se concentrar neles.
Desceram por uma rampa, embrenhando-se no labirinto de ruas da cidade, e por pura sorte não encontraram mais soldados.
Avançaram por duas pontes e avistaram seu objetivo. A última base inimiga na cidade, e estava vazia. Parecia que os soldados da MEC não dispunham de tantas forças nesta cidade, e estavam usando a maioria na linha de frente. Provavelmente existiam apenas patrulhas ocasionais nas bases da retaguarda.
Chegaram a bandeira inimiga, e suas instruções diziam para abaixa-la e hastearem sua própria bandeira. Project desceu, carregando orgulhosamente a bandeira Brasileira, enquanto Angel continuou em seu posto na metralhadora.
Enquanto Project fazia seu serviço, Angel ouviu o barulho de um motor. Uma patrulha inimiga, pensou ele. Rezou para que não viessem em sua direção. Deus devia estar ocupado...
Ele viu a frente do carro inimigo, apenas um jipe blindado como o deles. Pela segunda vez no dia, Angel puxou o gatilho, e a metralhadora cuspiu fogo. Teve sorte, conseguiu acertar o tanque de combustível, e pela segunda vez, viu um veículo ser engolido por chamas. Um soldado saiu cambaleante das ferragens, apenas para ser abatido em segundos.
Após concluírem a missão, deviam se reencontrar com seu próprio exército. Project falou que iria procurar por um lugar alto, iria matar alguns inimigos e esperar pelo resgate. Angel decidiu pegar o carro e tentar sair dali da mesma maneira que entraram.
Voltou até a ponte sem encontrar nenhuma outra patrulha. Já estava cruzando a segunda, quando algo nos céus lhe chamou a atenção. Parecia que a MEC havia trazido alguns caças, e a ELN tratou de revidar. Enquanto olhava, o piloto da MEC fez uma manobra errada, e o piloto da ELN atirou. Alguns mísseis erraram o alvo, e acabaram numa torre, mas outros acertaram em cheio. Angel começou a ovacionar o piloto da ELN, quando viu onde o avião abatido iria cair. Tentou acelerar, mas já era tarde demais. O avião caiu, destruindo ponte, jipe, e Angel.
“Sorte?Sou bom demais para precisar disso.”
Últimas palavras do Tenente Project Sniper, atirador-de-elite, morto por um míssil aliado que errou seu alvo.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Cap.5 - Vingança, afinal
Na noite seguinte tiveram que ser mais cuidadosos. O Lorde teria que andar mais lentamente, para ficar com seus companheiros lycans. Mas os lycans resolveram deixar vigias para trás, com instruções de que os contactassem em caso de problema.
-Não vai ao menos sacar sua espada?
O lycan a desembainhou apressadamente, e tentou golpear Hoolferman que, apenas com força bruta, destruiu a espada do adversário.
-Você teve sua chance, disse Hoolferman rindo, e agora irá me contar tudo o que sabe.
Dito isto, mordeu o pescoço do adversário, absorvendo suas lembranças.
-Está feito. Já conheço a localização da mansão. Podemos ir contar diretamente ao Zecrag ou podemos concluir nosso objetivo secundário e matar o Lorde restante.
-Devemos fazer isto, senhor. Eles devem aprender que ninguém que se erguer contra nós escapará impune. – disse um dos vampiros. Com um sorriso Hoolferman exclamou:
-Você está certo... Vamos fazê-lo arrepender-se de todo o terror e confusão que trouxe ao nosso clã!
Os vampiros partiram, não mais tentando seguir as pistas deixadas pelo Lorde, mas agora indo diretamente para seu objetivo final... A mansão do clã de Isabor.
Dois dias depois, chegaram ao seu objetivo. A mansão estava a apenas 2 quilômetros e eles pararam para decidir como agir.
-Senhor, nós não achamos sinais do Lorde no caminho, o que significa que de alguma maneira eles conseguiram se deslocar ao menos na mesma velocidade que nós.
-Não entendo como isto é possível, ele estava sendo acompanhado de lycans e a lua cheia é só daqui a uma semana, é impossível que na forma humana eles tenham sido mais rápidos que nós, visto que também não podiam se deslocar durante o dia. – disse Hoolferman.
-Também não entendo, senhor, mas se eles... Vocês estão ouvindo este assovio?
-CUIDADO!
O grito do vampiro foi bem a tempo. Uma pequena chuva de flechas se abateu onde eles se encontravam no instante anterior. Eles ainda estavam se erguendo quando uma espada desceu no pescoço de Hoolferman.
-Andou procurando por mim, seu cretino?
Hoolferman ergueu os olhos. Ali estava o Lorde que eles vinham caçando até então.
-Devo admitir que você é bem forte... Mas acha que pode vir sozinho e derrotar a nós três?
-Sozinho? Apenas olhe em volta...
Saindo do meio das árvores vinha um pequeno batalhão de lycans... Transformados.
-Que abominação é esta? Ainda estamos longe da lua cheia, como eles podem estar transformados?
-Está confuso não? Para consagrar nosso pacto, nós os ajudamos... Nossos agora irmãos de sangue não possuem mais aquela antiga fraqueza... Desde que sua pele seja banhada pelo luar, qualquer luar é suficiente para a transformação...
-E vocês do clã da Isabor fizeram tudo isto sozinhos, meu Lorde? Ou devo dizer... Traidor do sangue?
-Traidor? Você apenas não sabe de nada... Muitos dos antigos estão do nosso lado... Aqueles que não suportam mais o rei e sua hesitação... E a Isabor é mais uma que não sabe de nada... Aquela criança pensa que controla o clã, mas somos nós, os escolhidos, que levaremos a noite eterna adiante...
-Tsc... Então talvez esteja tudo perdido... Mas... AGORA, CORRAM!
Hoolferman levantou-se num movimento tão rápido que nem mesmo o Lorde pode deter, e este estava caído antes que se desse conta da situação. Os lycans precipitaram-se contra os 3 vampiros. Hoolferman correu os olhos pelos seus inimigos, vendo apenas selvageria e destruição em seus olhos. Ele sabia que não poderiam todos escapar. Ele fechou seus olhos, o próprio tempo parecia não existir mais para o guerreiro. Ele ficou assim por menos de um segundo, ou por muitas horas, quem poderia dizer? Seus olhos se abriram, negros como a noite. Invocando uma técnica aprendida diretamente do próprio Durgaz, Hoolferman estava mais forte do que nunca. Ele voou e matou dois lycans no impacto, abrindo por breves instantes uma saída daquele inferno. Foi o suficiente para que os outros dois vampiros passassem e depois disso, tudo que Hoolferman pode ver foram corpos, pelos e sangue.
Os dois vampiros corriam em plena velocidade, tinham que chegar até Zecrag e avisá-lo antes que fosse tarde demais. E no instante seguinte, surgindo praticamente do nada, haviam mais lycans. Um dos vampiros gritou ao percebê-los, eles engajaram em uma rápida luta corpo a corpo.
-Mib, vá, corra e salve-se, você tem que avisar a todos!
E Mib correu. Correu mais rápido do que se lembrava de já ter corrido em toda sua vida ou pós vida.
Postagens atrasadas
Vou liberar o quinto capítulo assim que a pessoa que faz a correção gramatical de meus contos me mandar a versão corrigida, pois postei o primeiro capítulo de nightsong sem faze-lo, e me arrependi, ao ver os erros de português depois... Um dia depois =)
Abraços e até mais tarde ^^
domingo, 13 de setembro de 2009
Nightsong - cap.1
No meio de uma pequena ilha, dois homens aproximam-se correndo pelo bosque. Fazem parte do ELN, o auto-intitulado Exército de Libertação Nacional. Seu porta-aviões tinha se estabelecido há pouco a um quilômetro desta ilha, atualmente sob controle da MEC, o exército Chinês.
Ambos haviam se voluntariado para esta missão, cuja probabilidade de sucesso era duvidosa. A missão consistia de 3 fases: Saltar de helicóptero na ponta norte da ilha, matar os vigias nas áreas em volta, e infiltrar-se na região, assegurando um ponto estratégico para os aliados. A primeira parte havia sido completada por um triz, pois ambos haviam conseguido saltar de pára-quedas momentos antes do helicóptero ser abatido, matando o piloto. Uma pena, pois o piloto poderia ter-lhes ajudado nas próximas fases da missão.
Os homens diminuíram sua velocidade para um andar cuidadoso ao se aproximarem do galpão. O primeiro, um atirador profissional, conhecido apenas como Ghost Dancer. O homem da retaguarda era um médico do exército, codinome Angel NightSong.
Não haviam encontrado um único vigia até aquele momento, o que era realmente estranho. Ambos estavam tensos, sem conseguir decidir se tratava-se de uma emboscada ou se era apenas descuido de seus inimigos. Naquele instante, chegaram as portas do Galpão, que estavam abertas. Esconderam-se atrás dela enquanto se preparavam para entrar.
Angel olhou em volta, tentando absorver o máximo de detalhes possível. Ao seu redor haviam apenas bambuzais, algumas rochas, o próprio galpão e a montanha de onde haviam vindo. Nada anormal, não fosse aquela inquietante sensação deixada pela falta de inimigos. Com um último suspiro, os dois correram e contornaram a porta.
No primeiro instante, Angel pensou que realmente a sorte devia estar lhes sorrindo. O galcão estava vazio, a não ser por um Jipe, alguns barris e... TANQUE!
O grito dado por Ghost chegou meio segundo antes do impacto causado pelo primeiro míssil lançado. Ainda atordoado pelo disparo errôneo, Angel percebeu os tiros de metralhadora e tratou de correr. Balas zuniam em seu ouvido, mas ainda assim conseguiu atravessar as portas, e se esconder atrás de uma delas. Abençoados sejam os reforços que os chineses usaram naquela porta, pensou ele. Só então percebeu que um tiro havia atingido seu braço de raspão. Nada muito grave, só precisou de alguns segundos para estancar o sangramento. Colocando seus pensamentos no lugar, se deu conta da ausência de Ghost. Diabos, não sabia seu estado, se havia sido atingido ou se ainda vivia. Aquele tanque poderia sair por aquela porta a qualquer momento, e isto seria seu fim, a não ser que fizesse algo. Não havia onde se esconder naquele lugar. O terreno baixo, os Bambus ou o flanco exposto da montanha não lhe davam a proteção necessária para fugir.
Enfim, uma idéia lhe surgiu. Se pudesse chegar até aquele jipe, havia uma chance de que ainda pudesse ver o sol nascer de novo. Mas não havia jeito de passar com o tanque vigiando a porta, ele precisa esperar o mesmo sair, o que lhe daria alguns segundos de vantagem.
Alguns segundos depois, o tanque saiu. Angel correu logo no primeiro disparo. Matou o atirador sobre o tanque, sabendo que assim o tanque só contaria com sua metralhadora secundária. Correu como nunca havia corrido na vida, sabendo que cada segundo era vital. As balas passavam voando a sua volta, errando seu corpo por centímetros. Ele estava a apenas um metro do carro, quando uma bala acertou sua coxa. Por um instante, acreditou que não iria conseguir. Vacilou por um momento e uma bala se alojou em seu ombro. No instante seguinte, percebeu que havia chegado ao jipe. Se jogou em cima do banco, sentindo algumas balas ricochetearem na fuselagem. Ligou o jipe e acelerou num átimo, sem parar para pensar. Foi direto na direção do tanque, que estava recuando para fechar a saída do galpão. Uma bala errou sua cabeça por um fio de cabelo. No último momento, fez uma curva fechada para a esquerda. Escapou do tanque e conseguiu sair do galpão. Seu alívio não durou muito tempo porém, pois ali estava outro tanque, chegando para lhe cortar a rota de fuga. O jipe derrapou para a direita, enquanto Angel fazia a volta.
Acelerou, mas as balas estavam começando a cobrar seu preço. Havia vários buracos em seu carro. Milagrosamente, conseguiu se desviar do primeiro tanque, e olhava para trás, pensando que sua vida havia acabado de ser salva por pouco. Quando olhou para frente, viu que estava indo direto para um bambuzal, e o desespero o assaltou novamente. Ele sabia que se batesse, estaria acabado. Não havia como tirar o carro dali antes que os tanques chegassem.
Desviou por pouco, mas a sorte parecia ter lhe abandonado, pois perdeu o controle do carro, e este, passando por sobre uma pequena elevação, foi lançado para o alto, devido a sua alta velocidade. Seu voo não demorou muito, e voltou ao chão capotando. Girou três vezes antes de parar. Angel conseguiu sair das ferragens, sentindo dores por todo o corpo.
A verdadeira missão havia começado. Estava sozinho, sem transporte e machucado, em pleno território inimigo. Enquanto pensava no que fazer em seguida, um caça deu um rasante e o abateu com balas de metralhadora.
“Na guerra a habilidade não importa, apenas o acaso. Se a sorte parar de lhe sorrir, eu não queria estar no seu lugar.”
ressucitei! \o/
Mas como passei um longo período sem computador, não escrevi o cap.5 da canção do crepúsculo... Foi mal =)
Por enquanto curtam uma aventura a parte: Nightsong, a história de um médico nos campos de batalha...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Cap.4 - A Ruptura
Cap.4- A Ruptura
Depois de silenciarmos os últimos lycans, chamo meus subordinados sobreviventes para um conselho.
-Meus caros amigos, o que se abateu hoje sobre nós é uma tragédia. Posso ver que pouco mais da metade de nós sobreviveu, e sinto que lhes devo uma explicação para tal sacrifício. Hoje, Isabor nos traiu, e desfechou um golpe sobre nós. Os Lordes vampiros eram leais somente a ela, e a ajudaram na empreitada. Não fossem as ações heróicas de vocês, eu não estaria aqui para lhes dizer isso, e talvez ela tivesse tomado controle do clã. Ela se aliou aos lycans, em sua tentativa insana de assumir o poder, e foi ela que entregou nossa posição. Isabor acha que nossas raças devem se unir para levar o terror aos humanos. Ela está cega, não percebe que assim pode acabar levando a extinção aos humanos, e com isso, a nossa própria espécie. E eu tenho certeza de que assim que tiverem conseguido com que baixemos a guarda, os lycans irão nos trair e dizimar a todos. São apenas animais sedentos de sangue.
-Então preciso saber, vocês estão dispostos a continuarem comigo, para obtermos nossa vingança contra Isabor e seus Lycans?
Estava tão certo de minha falha de liderança ao não perceber a traidora, que fiquei muito surpreso ao vê-los jurarem fidelidade, afirmando que se me obedeceram até aquele ponto, ficariam comigo até o fim…
-Fico muito feliz em saber disso, então vamos começar a planejar o que fazer em seguida, temos que arranjar um novo esconderijo, preparar as armas, e principalmente, precisamos de mais contingente… Diabos, mesmo com a ajuda dos Lycans, como foi que eles puderam matar tantos dos nossos?
Desta vez, todos pareceram ficar mais pesarosos, e então Hoolferman falou:
-Zecrag, não foram somente os Lycans. A traidora conseguiu seduzir alguns dos nossos, com mentiras sobre mais poder e um mundo onde poderiam sugar sangue a qualquer hora, sem se preocuparem em serem descobertos, coisa que você vem lhes negando a tempos… Eles sucumbiram a tentação… O maior erro dela foi tentar me corromper, pois consegui me livrar dela, e soar o alarme de perigo. Mas bastou que nossos irmãos começassem a se preparar para a batalha, que aqueles que haviam sido seduzidos mostraram suas caras… Eles já estavam prontos para a batalha, e mataram a maioria de nós antes que tivéssemos conseguido chegar até as armas. Quando finalmente conseguimos nos organizar, não foi difícil derruba-los, a maioria era de novatos e vampiros de mente fraca… Mas o estrago já estava feito. Eles ganharam tempo suficiente para que ela invocasse os lobisomens até nós, e o resto da batalha você já conhece. Por um momento nós suspeitamos que você estivesse com ela, mas estes três guerreiros o acharam, e fizeram isso bem a tempo.
Depois que Hoolferman terminou seu relato, fiquei pensativo por alguns minutos. Enfim, comecei a explicar-lhes meu plano.
-Muito bem, quero que quatro de vocês se encarreguem de caçar o Lorde Vampiro sobrevivente, rastreiem-no e o derrotem, mas não o matem! Precisamos dele vivo para que possa nos dar mais informações a respeito dos planos de Isabor, além de sua localização. Tenham cuidado, pois ele estará portando um dispositivo para se matar em caso de captura, revistem-no antes que ele possa ter chance de fazer isto. Hoolferman, encarrego você de chefiar esta incursão.
“O resto de nós irá para a antiga sede da Kilath, o Hoolferman sabe onde é, vocês precisarão dele para nos achar. É um lugar escondido, e não acredito que alguém tenha se apossado dele. Lá montaremos uma nova defesa e acredito que possamos nos manter razoavelmente estáveis pelos próximos anos.”
Hoolferman escolheu os quatro rastreadores que desejava, e então estes saíram apressadamente, para seguirem os rastros do Lorde. Logo se embrenharam na floresta circunvizinha.
-Senhor, acredito que o Lorde esteja machucado demais para se transformar em morcego. A manchas de sangue entre as árvores, como se estivesse machucado.
-Concordo com você, soldado. - Diz Hoolferman -Nós não podemos nos transformar ou iremos perder o rastro, mas acredito que podemos correr mais que ele. O problema é que ele tem algumas horas de vantagem sobre nós, e assim que seu fator de cura se manifestar, teremos que nos esforçar se quisermos acabar com a vantagem que tem sobre nós.”
Após trocarem estas palavras, deram prosseguimento a marcha. Corriam pela floresta, mais velozes do que qualquer humano poderia ser, e se valiam de seus poderes vampirescos para encontrar os rastros cada vez mais escassos deixados pelo Lorde.
Quando já estava quase amanhecendo, o grupo decidiu parar, e cavaram buracos na terra para poderem passar o dia.
Ao cair da noite, Se ergueram da terra e deram prosseguimento a caçada. Agora estavam se valendo mais de sua forte intuição que de qualquer outra coisa.
Continuarem neste ritmo por dois dias, até que algo interessante aconteceu. Escondidos entre as folhagens, finalmente avistaram seu alvo. Ele estava parado, sua capa esvoaçando ao vento, enquanto conversava com alguns... Humanos? Não poderia ser. Eles precisavam se aproximar mais.
Ao chegarem mais perto puderam entreouvir pedaços da conversa, e descobriram que os “humanos” ali parados eram na verdade Lycans.
-Senhor, devemos atacar agora, vamos nos aproveitar que eles estão enfraquecidos, podemos liquidar todos de uma vez!- Disse um dos soldados.
-Não. Se atacarmos, mesmo enfraquecidos eles revidarão, somos muito poucos, e provavelmente o Lorde conseguiria escapar. E duvido muito que desta vez ele seja tão descuidado a ponto de deixar rastros. Devemos segui-lo por mais um tempo. Atacaremos se ele ficar sozinho. Fora isto, só se descobrirmos onde é o esconderijo da Isabor...
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
off- Temporariamente
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Cap.3- Os Lordes Vampiros
“Imediatamente senhor.”
Observo o vampiro mensageiro sobrevoar os campos de minha mansão levando a carta. Já faz 20 anos que a Nomolos Druana foi fundada. Nós crescemos muito desde então. Em termos de conhecimento e poder, somos muito superiores ao meu antigo clã. Por outro lado, descobri que ainda falta muito para podermos erradicar os Lycans da face da terra. Lembro da reunião que tive na noite anterior... Finalmente as coisas boas começaram a acontecer. 10 lordes vampiros, provenientes da mesma corte que Isabor habitava, vieram se unir a nós. Todos são fortes e experientes, e são um grande reforço para nossa causa. Alguns dias atrás, meus rastreadores acharam pistas de que Durgaz talvez ainda esteja vivo, e começamos a investigar mais a fundo.
Nós temos travados algumas guerras, e temos destruído alguns clãs lycans em nosso caminho... Hoje dois clãs vampiros nos pediram para serem integrados a Nomolos... Servirão como bons soldados...
-Zecrag?- Me viro e vejo Isabor me olhando da porta. Maldita seja minha falta de cautela, eu havia jurado que nunca mais baixaria minha guarda desde que quase morri no extermínio do meu clã... Mas estava perdido em lembranças.
-Sim Isabor, o que foi?
-Holfermann o aguarda, ele fala sobre alguma coisa esquisita encontrada pelos espiões, e se recusa a me dizer o que é... Diz que você precisa ser o primeiro a saber...
Desço a escada junto a ela, e quando chego ao salão, vejo alguns de meus vampiros caídos mortos no chão.
- Mas que diab...- De repente, 3 dos lordes vampiros aparecem atrás de mim, recuo para o meio da sala, e vejo os outros lordes vampiros me cercando.
-O que significa tudo isto Isabor?
-Significa, meu caro Zecrag, que estamos cansados de ter que obedecer a você e seus caprichos patéticos... Para que gastar tempo numa vingança inútil contra lobisomens, quando deveríamos nos aliar a eles, para levar a noite eterna aos humanos? De que vale perder nossa abençoada imortalidade nesta guerra idiota? Se for preciso matar alguns vampiros patéticos como você, não fará muita diferença... Mas você ainda tem alguma utilidade para mim... Você conseguiu reunir todos estes vampiros sob suas ordens, então será muito mais simples se você simplesmente passar o comando do clã para mim, e evitar um derramamento de sangue inútil... Não acha?
-Isabor, sua traidora, meus subordinados nunca se unirão a você. Sempre tentarão lutar contra esta sua sandice.
-Então, vocês não têm mais utilidade para mim. Muito melhor será se todos morrerem imediatamente, começando por você... Ajoelhe-se e morra com dignidade...
Um dos Lordes vampiros se aproxima de mim, com uma espada. Discretamente, piso em duas lajotas no piso, me ajoelho e ponho a mão em cima de uma outra.
-Se é assim, então adeus... Falsa princesa...
Pressiono a terceira lajota. Imediatamente, vários dardos envenenados voam pela sala, um pouco acima de minha cabeça, e dois dos Lordes vampiros caem mortos no chão. Um sino começa a repicar ao longe, e ouvem-se sons de passos correndo. Levanto e corra para perto de uma parede.
-Muito esperto Zecrag... Mas não escapará daqui com vida... Homens, matem-no!
Dito isto, os demais lordes vampiros adentram a sala.
Isabor sai correndo pela porta, enquanto os Lordes se aproximam de mim... Pego uma das espadas que adornam as paredes. Enquanto isso, os Lordes se movem, me cercando... Corro para frente e decepo o primeiro, um segundo se aproxima de mim por trás, mas consigo bloquear. Giro a espada e consigo furar seu coração, matando-o.
Mas ainda restam muitos, e não sei se conseguirei dar conta deles.
Pelo canto do olho, vejo o terceiro se aproximando, e sei que não conseguirei bloquear. Neste momento, uma flecha atravessa sua garganta. Olho para cima e vejo alguns de meus homens postados com arcos lá em cima. Os Lordes observam atordoados enquanto uma nuvem de flechas chove sobre eles. Três conseguem escapar com vida, embora feridos, e saltam pela janela. Corro até ela a tempo de ver vários Lycans batalhando com vampiros lá embaixo. Maldita Isabor, ela realmente teve a ousadia de se aliar aos Lycans! Os arqueiros se unem a mim, e me perguntam o que devem fazer.
-Corram para as outras janelas, e ajudem os combatentes, precisamos evitar o máximo de perdas!
Localizo os Lordes sobreviventes correndo em direção a saída, e salto atrás deles. Enquanto corro, Hoolferman me localiza e corre em minha direção.
-Zecrag, o que está fazendo? Precisamos de ajuda aqui!
-Sem tempo para conversas, precisamos impedir aqueles traidores de fugir, precisamos dete-los para interroga-los, e descobrir o máximo que pudermos sobre os planos da Isabor!
Corremos feito loucos, e quando estávamos quase os alcançando, dois deles se viram para lutar contra nós. Engajamos o combate, e depois de alguns golpes conseguimos derrota-los, mas o terceiro conseguiu escapar. Viro pensando que pelo menos poderemos arrancar informações dos dois que imobilizamos, mas quando nos viramos, vemos os dois prisioneiros mortos no chão.
-Mas eu os tinha amarrado, como foi que?- Diz Hollferman
Nos aproximamos e vemos o que aconteceu. Aparentemente os dois estavam com um pequeno aparelho, e quando apertaram um botão na palma de suas mãos, uma pequena estaca os havia perfurado o coração.
-Maldita Isabor, ela é mais esperta do que pensei!
Voltamos para ajudar os outros combatentes, mas a batalha já estava no fim.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Extras 2.0
Estamos sem ilustrações hoje... Uma pena...
Então vou postar a letra de uma música que fiz... Espero que gostem ^^
p.s: É em inglês... Então sei que nem todos entenderão... Mas se traduzir não ficará com as rimas e perderá seu ritmo de leitura ^^
Apollo around the sky
My dreams were so up high
My fate around
One night
Shall we
Vanish or disappear?
When I look to the west
She was not there
I was only myself
My own lonely help.
My will, my feels,
My skills,
I was trowed in real.
I’m down on a road
Looking for my dreams.
This night is a quest,
But what it means?
I’m searching my fate?
Or I’m searching my fears?
I’m down on this trip,
And I will not leave.
In this quest we are,
In this quest we go,
We’re down on this trip,
Following our souls.
Preciso de um alento
Um momento, um lamento
Nudez não mostrada
Verdade impensada
Idéia sussurrada
Turbilhão de emoções
Com cem mil idéias
Tentei criações
Inovações veladas
A belas estradas
Um lugar comum
Que nunca chega
A lugar algum.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Cursiosidades, cap.2
Zecrag -> zê-KRÁ-guí
Durgaz -> dûr- GÁS
Hoolferman -> RÔ-Ôu-fêr-mãm
Isabor -> i-zá-BÔR
Agora os clãs:
Kilath ->quí-LÁ-ti
Nomolos Druana -> NÔ-mô-lôs drû-Ã-na
*As letras maiúsculas representam as silabas tônicas nas palavras.
P.s: Nossa, isto foi esquisito de fazer... Nunca havia tentado escrever a sonoridade ^^
E agora, vamos a alguns pontos de nossa história:
Cortes Vampirescas? Sim, no universo de nossa história, elas existem. Mas são um pouco diferentes das cortes que conhecemos, visto que vampiros não possuem laços de sangue. Seu rei ou rainha é o vampiro (a) considerado o mais forte de todos (as). A única maneira de ascender a esta posição é matando seu antecessor. Os cargos como príncipes e princesas é dado a vampiros muito próximos do rei atual. Os Lordes são vampiros interessados na “política” e que são fortes o suficiente para ascender a esta posição. E obviamente, tem que ser do agrado do rei.
Sobre o paradeiro de Durgaz: Como vimos, entre o capítulo 1 e 2 ele desapareceu, ou seja, não se uniu ao Zecrag e aos outros sobreviventes. Onde ele está? Boa pergunta... Se eu o encontrar eu aviso a vocês...
Nomolos Druana: Só uma nota de despedida... Não foram apenas os Lordes vampiros e a Isabor que se juntaram ao clã quando Zecrag decidiu criar a Nomolos Druana. Além dos sobreviventes e destes acréscimos, alguns outros vampiros foram se juntando ao clã, mas nenhum de grande prestígio ou fama, então não ganharam destaque na história.
E quanto aos significados dos nomes... Bom, isto pretendo falar um pouco mais a frente. O que posso adiantar é que estes nomes já foram (ou em sua maioria, são) usados por pessoas de verdade. E os personagens vão se compondo na idéia que estes nomes me dão, a sensação que me causam. Não sei explicar direito o porquê...
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Cap. 2- Nomolos Druana
Abro os olhos e enxergo a caverna que estamos usando como base. Os acontecimentos daquela noite fatídica ainda assombram meus pensamentos. Nós conseguimos escapar sem maiores problemas, e nesses dois meses que se passaram, encontrei outros sobreviventes. Já estamos em número suficiente para começar de novo. Criei a Nomolos Druana, junto com alguns amigos de confiança, como Hoolferman, o vampiro que fugiu comigo do ataque, e Isabor, uma princesa das cortes vampíricas que decidiu se unir a nós. Ambos são fortes o suficiente para chefiarem seus próprios clãs, mas escolheram ficar ao meu lado. Nós juramos que um dia nos vingaríamos daqueles malditos lycans que um dia acharam que poderiam nos enfrentar.
-Zecrag,- Diz Hoolferman -as patrulhas acabaram de retornar.- Sigo com ele até um grupo de vampiros mais jovens:
-Que informações vocês me trazem?
- Descobrimos alguns grupos errantes de Lycans se estabilizando nas regiões próximas, estaremos prontos para lançar um ataque na próxima noite.
-Certo. E encontraram alguma pista sobre o paradeiro de Durgaz?
-Nada senhor, ele parece ter sido morto durante o ataque.
-Obrigado, depois chamarei vocês de novo para discutirmos as estratégias para o nosso ataque.
E enquanto eles se afastam, continuo a pensar naquela noite. Me recuso a acreditar que Durgaz esteja morto...
Na noite seguinte, nos reunimos para o ataque. Rapidamente localizamos os Lycans errantes. Não são exatamente o alvo que quero, mas terão que servir.
Aparentemente, eles ainda não haviam tido tempo de se infiltrar na sociedade. Estão vivendo em acampamentos, numa clareira na floresta.
Nós nos movimentamos rapidamente, através das sombras. Nossos movimentos são rápidos demais para serem percebidos pelo olho humano, e estes lycans não estão transformados...
Mando os outros vampiros se dividirem em três times. Hoolferman fica no comando de um, a Isabor do outro, e os restantes permaneceriam comigo.
Atacamos de três direções diferentes, os lycans mal tiveram tempo de reagir. Voei sobre um e cortei-lhe a cabeça no tempo de uma batida do coração.
Avancei sobre o próximo, que havia acabado de puxar a espada. A situação parecia se mover em câmera lenta, eu podia ver meu rosto enfurecido em seus olhos... Ele esboçou uma sensação de surpresa ao ser transpassado, depois desabou para o lado, com um suspiro. Olhei em volta, e o combate havia acabado.
domingo, 9 de agosto de 2009
Extras 1.0
O Vampiro Zecrag, Cap.2
Ambos feitos por Arnold Oliveira.
Se também quiser contribuir, envie material para zec.bardo@yahoo.com.br
Não tive muito material enviado por leitores, então aqui vai um poema dos meus mesmo:
Turbilhão de idéias,
Mar de epopéias,
Palavras vãs.
Fiz poemas,
Fui poeta.
Levei emoções
Palavras sãs.
Eu, retrato fiel,
Uma cópia ao léu,
Pus no papel:
Palavras, palavras...
Ele,
Idéias, emoções,
Traz mil criações.
Ao falar,
Sem falar,
A que lugar vai chegar?
Com idéias, fez o mar,
A partir de músicas, traz o ar,
E a terra, ao poetar.
Criação, levanta o véu.
Adeus, realidade cruel.
Nas asas do poeta
Vai voar.
Banalidade,
Desaparecendo em pleno ar.
Auscuta, caro amigo,
As palavras deste encerrar.
Não desista de si mesmo,
Não pare de sonhar.
Vocabulário: Auscutar: Escutar com atenção.
sábado, 8 de agosto de 2009
Postagem Relâmpago
Também aceitamos qualquer material relacionado a história (desenhos, etc)
Curiosidades cap.1
Vamos lá...
Meu primeiro conto se chama "Canção do Crepúsculo", e não é por acaso. Crepúsculo significa "período que antecede o fim de algo", podendo ser o período de tempo que antecede a escuridão da noite ou o clarão do dia.
Desta forma, veremos que existem vários "Crepúsculos" durante a história, seja na mudança das eras, nas relações entre as raças, ou mesmo no próprio Zecrag, que como veremos mais adiante, se tornará dividido entre luz e sombra.
Nesta história não existe um "lado mal". Cada raça, ou mais especificamente, cada indivíduo age por suas próprias motivações e pensamentos. Na verdade, nenhum deles se considera mal, e quase todos sempre acharão que o que fazem é certo, tal qual na vida real.
Atualmente nossa história se passa na era das trevas, um período caótico, movido por guerras e ganâncias. Os antigos impérios estavam acabando, os humanos viviam em meio a conflitos e superstições, sem saber em que acreditar. O que facilitou muito aos Vampiros e aos Lycans a se estabeleceram na sociedade em segredo, cada um criando lendas para fazer com que os humanos odiassem a outra raça.
Os proprietários de terras transformavam seus domínios em unidades autônomas, territórios com fortificações feitas de árvores e espinheiros e com habitações cercadas de paliçadas. E isto fazia com que fosse mais fácil disfarçar o motivo pelo qual vampiros e Lycans iam reforçando suas propriedades...
Registrou um observador do ano 888: "Cada qual quer se fazer rei a partir das próprias entranhas".
Achei uma excelente frase, que define bem o estado daquela época.
Não posso falar muito, ainda estamos no capítulo um, e qualquer coisa que eu vá falar além disso é spoiler e pode estragar o andamento da história =/
Amanhã venho com mais postagens, e possivelmente uma ilustração... Agora vou indo que preciso ir justamente conversar com quem irá fazer esta ilustração =)
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Capítulo 1- Kilath
A cronologia da história passará desde o ano 1.000 d.c (a era das trevas) até o ano 2.000 d.c, e seu cenário é a Europa.
p.s: Antes que alguém me acuse de plágio, eu comecei a escrever a Canção do Crepúsculo em 2008, antes de tomar conhecimento do livro Crepúsculo, e antes da popularização do mesmo.
Agora chega de papo e vamos ao capítulo ^^
Abro os olhos lentamente e, na penumbra criada pela luz das velas ao redor, percebo que estou num grande aposento com paredes de pedra. Existem pessoas sentadas em fileiras de cadeiras ao redor das paredes. A maioria anormalmente pálida.
Não é difícil identificar quem sou. Estou exatamente no centro da sala, em pé, preso por correntes de prata. Balanço a cabeça tentando clarear a mente, mas não consigo raciocinar direito, como se estivesse drogado.
Um homem se aproxima de mim, e é um dos raros vampiros de pele escura. Ele desenrola uma folha de pergaminho, e começa a ler em voz alta:
“Zecrag, você está sendo julgado por genocídio de vampiros, por quebrar a lei do sigilo, e passar aos humanos informações sobre nós. Além disso...”
Paro de dar atenção ao homem, e começo a me lembrar dos acontecimentos deste último milênio, como as coisas chegaram até aqui.
Quem sou eu? Bom, meu nome é Zecrag. Mas quem sou eu realmente é uma história muito mais complicada. Eu sou um monstro que vagueia pela noite e se alimenta das almas dos mortais. Pelo menos é como os mortais me descrevem. Eu me julgo simplesmente como um ser humano qualquer, mas superior aos demais. Sim, eu sou um vampiro, e sim, eu sou poderoso. Para falar a verdade, sou um dos mais poderosos da minha raça. Como me tornei um vampiro? Isso é uma história da qual já nem me lembro mais... A história da minha vida não é tão importante. Mais importante é a história da guerra dos mil anos, como os vampiros e lobisomens se tornaram o que são e como os humanos tomaram seu lugar na guerra.
Desde que me lembro, minha participação na guerra começou exatamente há mil anos, com minha primeira família, o clã Kilath. Éramos todos jovens, e todos arrogantes. Ah!!! Achávamos-nos os donos do mundo e nada podia nos deter... Até aquele dia...
O que será que Durgaz quer dessa vez? Será que ele finalmente encontrou o esconderijo de um daqueles malditos Lycans? Desta vez nós os mataremos.
Enquanto penso nisto, vou andando por um pequeno e escuro corredor iluminado apenas por archotes. Finalmente chego ao meu destino, diante de mim está um portal de madeira. Ao ultrapassá-lo, estou numa sala redonda, com uma mesa cheia de mapas no centro e algumas pessoas sentadas em volta dela. Ocupo meu lugar à mesa e olho em volta: na sala está Durgaz, o líder de nosso clã, e todos os outros membros.
“Senhores, peço a sua atenção”, diz Durgaz. “Alguns de nossos exploradores conseguiram descobrir o esconderijo daqueles malditos lobisomens que tem competido conosco pelos humanos da região. Agora que temos essa informação sua rebeldia irá finalmente acabar. Nós iremos atacá-los depois de amanhã, quando acaba o período de lua cheia. Com o fator surpresa e sem sua transformação, eles não serão páreos para nós. Zecrag e os outros líderes de esquadrão deverão preparar seus esquadrões e lhes passar instruções mais detalhadas. Só lhes peço para tomarem cuidado, pois os lycans escolheram uma cidade humana como base e não queremos revelar aos humanos nossa existência. Certo?”
Depois desta discussão os membros se dispersam, e eu vou para meu caixão pois já está amanhecer.
Quando já está anoitecendo novamente, meu corpo, entorpecido pelo dia, começa a interpretar os barulhos vindos do lado de fora. Eu ouço gritos e batidas. De repente, a tampa do meu caixão é arrancada! Eu vejo o focinho peludo de um Lobisomem, ele tenta me morder, mas enfio uma adaga de prata no pescoço dele. Jogo seu corpo para o lado, pego minha espada e quando me levanto finalmente posso ver o que está acontecendo. Vários lycans invadiram nosso esconderijo, e estão matando todos os vampiros! Mas não tenho muito tempo para pensar, pois mais dois lycans já estão vindo me atacar. O primeiro tenta furar meu peito com suas garras, mas consigo me desviar e corto-lhe a cabeça. Não tenho tanta sorte com o segundo, que me rasga as costas. Caio no chão atordoado, e quando penso que vou morrer, uma espada atravessa o peito do lycan. Um vampiro que vi na reunião estava ali.
“Rápido, se levante, temos que salvar os outros!”, Diz ele. “Não, agora já é tarde demais. O melhor que podemos fazer é sobreviver para nos vingarmos depois, vamos sair daqui! “
Corremos para um corredor, mas só chegamos a tempo de ver outro de nossos irmãos caindo pela garra de alguns lobisomens, e mais alguns vampiros chegando para lutar contra eles. “E agora Zecrag? Estamos cercados!”
“Cale-se, eles ainda não nos viram, há uma passagem por aqui.” Empurro uma parede, que se abre revelando uma passagem. “Venha por aqui sem fazer barulho, ou estaremos mortos!” Alguns segundos depois de nós termos entrado no túnel, a parede se fecha, novamente ocultando a passagem.
Apresentações
Estou aqui para fazer um resumo sobre este blog. Pretendo publicar aqui os contos que venho escrevendo, e que espero concluir com a ajuda de vocês. Irei publicar um capítulo a cada três dias, para manter as postagens num ritmo saudável e para dar tempo a vocês de o apreciarem sem pressa. Gostaria de poder publicar um capítulo por dia, mas sou apenas humano, e não poderia escrever tão rapidamente sem uma queda na qualidade da trama, o que é a ultima coisa que espero que aconteça. Mas durante este intervalo, publicarei as demais atrações do blog, que explicarei a seguir. ^^
Categorias:
1- Capítulo: A cada três dias, lançarei um capítulo do principal conto que estiver escrevendo. Seus comentários e críticas ajudarão a trama a se desenvolver, e juntos iremos escrever o final desta história.
2- Curiosidades: No dia seguinte após a postagem de cada capítulo, escreverei alguma curiosidade sobre o mesmo, como descrição detalhada de alguns cenários ou personagens, questões mais profundas sobre o capítulo (algumas filosóficas) e etc. Ah, também postarei aqui qualquer "suposição" feitas por leitores, e que conseguirem alcançar alta popularidade.
3- Poemas e acréscimos: No segundo dia após a postagem, irei colocar aqui alguns materiais extras, de preferência enviados pelos leitores. Postarei com prazer qualquer coisa relacionada a história (ilustrações, etc.). Também postarei alguns poemas de minha autoria, e convido qualquer um a pegar um papel e uma caneta e fazer o mesmo.
No caso de pouco ou nenhum material enviado por leitores, também postarei capítulos de uma mini-série relâmpago, composta de capítulos individuais, ambientados no mesmo mundo.
E agora, Qual o motivo do blog se chamar "Canção Literária"?
Acredito que qualquer forma de literatura seja uma arte, e deva ser apreciada como tal. Também considero a música como uma das maiores formas de realização artística, sendo uma das primeiras a serem inventadas, e uma das que conseguem atingir nossos sentimentos com maior sucesso. Nem todos entendem uma comédia, um drama, ou qualquer outra forma de texto. Mas é impossível ouvir uma música e não ser tocado por ela.
E é isto que espero de meus textos. Não quero apenas que sejam lidos, mas compreendidos e apreciados, que toquem seus sentimentos e aticem a imaginação dos leitores.
Um abraço a todos, do Bardo. ^^